sexta-feira, 27 de março de 2015

Esta matéria é antiga - de 2 anos atrás - mas ainda acontece muita coisa desse tipo na Internet

Anatomia de um Farsa: Como você está sendo trapaceado no Facebook
ALEX KIDMAN 14 de março de 2013



Tem havido uma recorrência de páginas-farsa no Facebook prometendo de tudo de graça: de Samsung Galaxy S IV handsets a consoles de Playstation 4. Você deve evitá-las como às pragas, mas as pessoas não agem assim. Como essas farsas funcionam então?
Tenho ficado muito aborrecido com a quantidade de “Curta a nossa página e GANHE SEM FAZER NADA” que vêm pipocando em meu feed do Facebook recentemente. Gentilmente, e silenciosamente, venho tentando educar àqueles das listas de meus amigos, mas, parece uma tarefa sem fim. É fácil dizer que não há tal coisa como um almoço grátis, e que você deve usar o seu cérebro antes de clicar em um link suspeito. Mas, o que, exatamente, querem aqueles que criam as farsas? Fazendo referência às recentes farsas do  Samsung Galaxy S IV Page, e do Playsation 4, eu perguntei ao consultor de segurança locaI da AVG, Michael McKinnon o que ele achava dessas páginas.
Para a página do Sony Playstation 4 (que, mais uma vez, por questão de segurança, eu não cliquei — mas ele ainda está lá), o link, rapidamente, leva-o a uma clássica e falsa pesquisa. Para conseguir o prêmio — nesse caso, uma pretensa unidade Beta do Playstation 4 — você precisa, primeiro, preencher o que aparenta ser uma pesquisa de consumidor. McKinnon diz que as pesquisas são um formulário de propaganda Cost Per Action (Custo por Ação) “que pode render ao seu elaborador, em qualquer parte, a quantia de 1 dólar a até 10 dólares ou mais (depende, inteiramente, da campanha) por pesquisa completa.“
Entretanto, nem todo mundo vai clicar no link, ou completar a pesquisa. “Como uma norma prática, a maioria dos índices de conversão básicos começam em 1%” diz McKinnon. “Assim, de 9,935 “curtidas”, vamos considerar que 100 pessoas tenham completado, pelo menos, uma dessas pesquisas. Isso rende algo em torno de 100 a 1.000 dólares por essa proeza. Nada mal, principalmente, se você morar em um país com moeda bem mais fraca que a verdinha!”
O que dizer, então, da página do Samsung Galaxy S IV, a qual, recentemente, ofereceu, também, um “Galaxy Note III”?


No período em que estava conversando com McKinnon pelo e-mail, ela parecia ser, relativamente, inofensiva, sem links externos naquele ponto. De ocordo com McKinnon, “Quando não há motivos claros, ou evid^çencia de uma operação criminal em jogo, essas coisas, geralmente, são tidas como “black hat SEO” (entre outros nomes  ), geralmente, com o propósito de trapacear o sistema do Facebook com um tráfego extra, ou comércio de páginas, “curtidas”, ou mesmo amigos falsos. Algumas vezes, entretanto, essas operações são precursoras de vítimas em potencial, e, mais tarde, criação de um sistema de exploração.”
Isso, também, realça uma das respostas mais comuns que eu recebo quando chamo a atenção para o fato de essas coisas serem falsas: “eles sabem disso, mas que mal isso pode causar?”.
O problema aí é que: só de você clicar nesse link, você estará expandindo o foco da página, tornando o seu alcance maior, e dando a legitimidade que ela não tem. Isso presume que  ela não vai virar uma coisa sórdida mais tarde. É exatamente o que acontece com a página do Galaxy S IV. Quando fui conferi-la para poder escrever este artigo, eles já haviam até adicionado um link para os detalhes de envio … que leva de volta à farsa da pesquisa.
McKinnon aponta que o Facebook está trabalhando para minimizar o problema dessas farsas; que o Facebook tem a sua própria página de segurança. Além de parcerias com empresas de segurança (incluindo a AVG) para identificar links maliciosos o mais rápido possível e desabilitá-los. Baseado no número dessas coisas que parecem estar pipocando, eu diria que o Facebook tem deixado essa tarefa de lado.

Tradução: Luiz Fernando Sousa Spósito

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