terça-feira, 31 de março de 2015

Estávamos entendendo o Alzheimer de forma errada? Novo estudo pode pavimentar o caminho para um novo tratamento
By Cherie Berkley | Yahoo News – 4 hours ago
















(Photo: iStock)


A cada 67 segundo, alguém desenvolve Alzheimer. E ela ainda continua uma doença incurável e indefinível até agora. Entretanto, um novo avanço na pesquisa da doença pode tornar o caminho mais claro para diagnósticos e, até mesmo, prevenir a doença um dia.  
Amiloide – uma proteína tóxica e pegajosa encontrada no cérebro de pacientes com Alzheimer – tem sido o foco de pesquisas e diagnósticos por décadas. Mas, um novo estudo da Clínica Mayo, e publicado no jornal Brain, mostra que outra proteína tóxica, chamada tau, pode ter uma parcela de culpa maior no declínio cognitivo e do Alzheimer sobre o tempo de vida da doença.  

Os pesquisadores dizem que a descoberta pode levar a melhores diagnósticos, tratamentos e ferramentas preventivas.

O estudo foi conduzido em duas partes: os pesquisadores estudaram 3.016 cérebros doados à Clínica Mayo em um período de mais de um ano – 1.375 desses cérebros eram de pacientes que haviam sido diagnosticados com Alzheimer. Esses pacientes morreram em diferentes estágios da demência, e com idades diferentes. Assim, os pesquisadores foram capazes de avaliar a progressão do Alzheimer em uma linha de tempo em contraposição a um período específico. Esse estudo foi único, pois os pesquisadores olharam, simultaneamente, os impactos de tau e de amiloide; o que permitiu a eles avaliar os impactos progressivos e vastos das duas proteínas.  Os pesquisadores usaram os sistemas de contagem recomendados para examinar a evolução da amiloide e da tau no tecido do cérebro dissecado. As descobertas mostraram que a severidade da tau, não da amiloide, previu a idade do ataque do declínio cognitivo, a duração da doença e a deterioração mental.
A segunda parte do estudo examinou as amostras de amiloide tiradas de pacientes antes da morte, e comparou as amostras com a quantidade de tau e amiloide na patologia cerebral. Isso mostrou que a amiloide pode ser encontrada nos cérebros de pessoas mais velhas que não tiveram declínio cognitivo.
As descobertas indicam que é, na verdade, a tau que leva ao declínio cognitivo, e à perda de memória vistas na doença de Alzheimer, explica Melissa Murray, PhD, uma professora assistente em neurociência da Clínica Mayo e autora do estudo. “O pensamento por trás disso é que a tau está levando à morte dos neurônios, enquanto a amiloide pode estar causando a falta de comunicação entre os neurônios. Mas, é essa morte do neurônio que é, realmente, o aspecto extreme da doença,” disse a Dra. Murray ao Yahoo! Health. Enfim, ela diz, a tau pode ter um impacto maior no declínio cognitivo do que a amiloide.
A Dra. Murray enfatiza que a busca da amiloide no cérebro ainda é importante, mas diz também que é preciso uma mudança no foco para o impacto da tau, especificamente, para o tratamento do Alzheimer.
Enquanto a imagem da amiloide tem estado disponível por 10 anos, o uso das imagens da tau ainda está em estágio de pesquisa. A Dra. Murray prevê que ambas as imagens serão úteis para melhorar o diagnóstico do Alzheimer no futuro, especialmente, para pessoas com ataques prematuro da doença, o que é mais difícil de confirmar.

Tradução: Luiz Fernando Sousa Sposito

Reportagem em inglês:


Sinais prematuros da doença de Alzheimer são encontrados em pacientes com apenas 20 anos
Cassie ShortsleeveMarch 2, 2015
















Esse é o sinal mais prematuro da evidência de Alzheimer já visto, mas, há truques de estilos de vida que você pode empregar para ajudar a afastar a doença da perda da memória. (Photo: Getty Images/Nick Dolding)


A doença de Alzheimer pode não ser apenas de preocupação dos avós: a nova descoberta da pesquisa da Northwestern University descobriu que a proteína amiloide — o carimbo oficial da doença devastadora — começa a se acumular nos neurônios de cérebros de pessoas com apenas 20 anos de idade.
Os cientistas acreditam que essa foi a primeira vez que essas mudanças foram notadas em cérebros humanos tão jovens. No estudo, o pesquisador chefe, Changiz Geula, e sua equipe do Cognitive Neurology and Alzheimer’s Disease Center na Northwestern University’s Feinberg School of Medicine analisaram neurônios de cérebros de 13 de jovens “normais”, com idade entre 20 e 66; dezesseis pessoas, com idades entre 70 e 99, sem demência; e 21 pessoas com Alzheimer, com idades entre 60 e 95.
“Foi a idade que realmentre nos surpreendeu,” diz Geula ao Yahoo! Health. “Nos adultos jovens, nós já encontramos acúmulo de amiloide.” Isso é bastante preocupante, quando grupos de amiloide crescem em tamanho e quantidade. A diferença entre os velhos e os jovens nesse estudo: enquanto as amiloides, em si, estavam presentes nos cérebros — e grupos estavam presentes também — havia mais agrupamentos na população mais velha, e com Alzheimer, diz Geula.
 “Isso significa que esses neurônios são suscetíveis ao acúmulo quando jovens, mas que o agrupamento ocorre em idade mais avançada. Durante a vida, a substância necessária para fazer o agrupamento está disponível. E, se você for suscetível a formar os agrupamentos, isso poderia piorar.”
Então, o que isso significa para você? Primeiro, saiba que: “nesse estudo, não tivemos um grande número de cérebros,” diz Geula. “e isso não significa que, o fato de adultos jovens terem uma quantidade de amiloide, que todos vão ter Alzheimer. Não é um alarme.”
Mas, quando se trata de Alzheimer, há fatores suscetíveis (que a ciência conhece bem) — e fatores de proteção (que a ciência não conhece tão bem) — Geula diz. “Já sabemos a algum tempo que, se desejamos uma terapia efetiva contra o Alzheimer, temos que começar cedo. O que essas descobertas sugerem é que, quanto mais cedo, melhor.”
Então, comece hoje e proteja-se — e ao seu cérebro — com estas técnicas. Não importa a sua idade.

1. Acabe com os maus hábitos. “Sabemos que a maturação da cognição geral, e do Alzheimer podem ser acentuadas por vários fatores — o mais importante, a saúde geral,” diz Geula. De fato, muitos desses fatores — diabetes, doença do coração, função pulmonar e obesidade — podem aumentar o risco de desenvolver a doença.

2. Limpe a sua dieta. Hábitos saudáveis como comer uma dieta Mediterrânea (rica em sementes, verdura, grãos, frutas e vegetais, aves e azeite de oliva) tem sido associado a melhores funções cognitivas, e um baixo risco de desenvolver Alzheimer.

3. Exercite-se. O exercício físico já mostrou a habilidade de aumentar a capacidade cognitiva em todo mundo, inclusive nos mais velhos, mesmo entre a população que sofre de Alzheimer. “Alguns estudos com animais mostram que a quantidade total de amiloide pode ser reduzida através do aumento dos exercícios e ambiente enriquecido,” diz Geula. O exercício físico não só pode manter o Alzheimer e a demência cercados; algumas pesquisas sugerem que ele pode, até mesmo, retrocedê-los. Quando pessoas com prejuízo cognitivo brando andavam em um tambor por 30 minutos ao dia, quatro dias por semana, por 12 semanas, elas melhoravam sua eficiência neural usando menos recursos mentais para fazer as mesmas tarefas.

4. Melhore o seu cérebro. Exercícios mentais — manter a sua mente comprometida e desafiada por uma variedade de exercícios — também podem ajudar. Pesquisas sugerem que as pessoas que jogam cartas, fazem palavras cruzadas, e desafiam a si mesmas mentalmente de maneira regular correm menos risco de desenvolver a doença que aqueles que não fazem essas atividades. E pensamentos positivos, na verdade, também conta: pensamentos negativos podem restringir a capacidade do seu cérebro de pensar direito e formar memórias, de acordo com pesquisas da King’s College em Londres.

Tradução: Luiz Fernando Sousa Spósito

Reportagem em inglês:
https://www.yahoo.com/health/early-signs-of-alzheimers-disease-found-in-112519622602.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário